O continente africano é responsável por menos de 3% do aquecimento global. No entanto, confrontados com os grandes desafios das alterações climáticas, os países do continente precisam de concretizar as suas ambições de crescimento verde, aumentando os investimentos no domínio do clima. Embora os fluxos de financiamento da luta contra as alterações climáticas para África continuem a ser insuficientes, o Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org) procura reduzir e eliminar os riscos e os obstáculos para aumentar o interesse dos investidores privados (https://apo-opa.info/3Bx6dvK) neste domínio. Ao mesmo tempo, está a trabalhar no sentido de desenvolver instrumentos de financiamento inovadores para apoiar esta iniciativa.

Ao longo da última década, o Banco desenvolveu competências e conhecimentos no financiamento de projetos relacionados com o clima. Os seus compromissos totais relativos ao clima aumentaram para 45 % até 2022 (https://apo-opa.info/3o9ud4Y),  contra 9% em 2016. A instituição ultrapassou, assim, o seu objetivo de dedicar 40% das suas intervenções às questões climáticas. Entre os mecanismos inovadores, destaca-se o seu programa pioneiro de financiamento do risco de catástrofes em África (ADRiFi) (https://apo-opa.info/3BAVcsY), criado em 2018 em colaboração com a Mutuária Pan-africana de Gestão de Riscos (ARC), que visa promover a implantação de mecanismos de resposta a catástrofes.

O Banco está igualmente empenhado em promover abordagens inovadoras para atrair o investimento do setor privado, desenvolvendo soluções originais adaptadas às características estruturais dos países africanos. Assim, por ocasião dos seus Encontros Anuais, que se realizam de 22 a 26 de maio em Sharm el-Sheikh, no Egito, está previsto um evento de conhecimento sobre esta questão. Este evento reunirá empresários, gestores de fundos de pensões e de capitais privados, banqueiros e representantes dos governos para debater os vários instrumentos e a possibilidade de os aplicar em grande escala no continente.

Entre os instrumentos de financiamento verde que serão discutidos estão as obrigações verdes, os empréstimos verdes, as obrigações sustentáveis, as obrigações de sustentabilidade, os empréstimos de sustentabilidade e as trocas de dívida por natureza ou dívida por clima. Os participantes também discutirão as alavancas nacionais e internacionais para ultrapassar os obstáculos à implementação, bem como as oportunidades e os desafios das parcerias público-privadas no domínio do clima e do crescimento verde.

Ao aprender com as melhores práticas, tanto em África como a nível internacional, o Banco Africano de Desenvolvimento espera promover o desenvolvimento de instrumentos de financiamento inovadores, que apoiarão os investimentos nas alterações climáticas e no crescimento verde, assegurando, ao mesmo tempo, uma distribuição mais equitativa dos recursos em todo o continente africano.