No dia 18 de abril de 2025, o Presidente da República Centro-Africana, Faustin-Archange Touadéra, lançou oficialmente em Mbaïki os trabalhos de construção da estrada Gouga-Mbaïki-Bangui, com 221 quilómetros de extensão, que constitui a primeira fase das obras do corredor rodoviário Pointe-Noire-Brazzaville-Bangui-Ndjamena. 

A cerimónia contou com a presença de vários membros do Governo centro-africano, entre os quais o Primeiro-Ministro, Félix Moloua, o Ministro das Obras Públicas e do Equipamento, Éric Rokosse Kamot, a Presidente da Assembleia Nacional, Simplice Mathieu Sarandji, membros do corpo diplomático e representantes de organizações interafricanas e internacionais, incluindo o chefe da representação do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento na República Centro-Africana, Mamady Souaré.

As obras de construção da estrada entre Gouga, Mbaïki e Bangui, a capital da República Centro-Africana, fazem parte da primeira fase do Projeto de Desenvolvimento do Corredor Multimodal de Transportes Pointe-Noire-Brazzaville-Bangui-Ndjamena (CD13), com um custo total de 282 milhões de dólares, financiado pelo Grupo Banco Africano de Desenvolvimento.

O Corredor 13 (CD13) é um vasto projeto de infraestruturas, cuja primeira fase consiste na construção de 221 quilómetros de estrada entre Gouga e Bangui. Inclui também a construção de estradas urbanas em Mbaïki e Mongoumba, bem como a reabilitação da Avenida David Dacko na capital, Bangui, e a construção de pontes sobre os rios Lobaye e Mpoko. O projeto será completado por infraestruturas sociais essenciais, incluindo um centro de cardiologia em Bangui. O projeto estende-se igualmente ao sector marítimo, com a melhoria da navegação na via navegável Brazzaville-Bangui, através dos rios Congo e Oubangui, e da segurança fluvial, bem como a construção de um porto moderno em Mongoumba, integrando simultaneamente iniciativas em matéria de emprego dos jovens, de capacitação das mulheres e de otimização do setor dos transportes.

“O desenvolvimento do nosso país depende, antes de mais, da abertura de todas as suas regiões, razão pela qual temos de desenvolver todas as nossas infraestruturas rodoviárias para estimular a economia do país”, declarou Éric Rokosse Kamot, Ministro das Obras Públicas e do Equipamento. “As estradas impulsionam o desenvolvimento, porque onde as estradas vão, o desenvolvimento segue”, acrescentou.

O Projeto de Desenvolvimento do Corredor Multimodal de Transportes Pointe-Noire-Brazzaville-Bangui-Ndjamena incorpora dimensões ambientais e sociais significativas, com planos específicos para as populações vulneráveis, sensibilização para várias questões comunitárias e medidas de compensação para as populações afetadas pelas obras, que abrangerão a República do Congo, a República Centro-Africana e o Chade.

“Com a sua dimensão multimodal, este projeto foi concebido segundo uma abordagem integrada e holística. Visa não só responder aos desafios em matéria de infraestruturas, nomeadamente nos setores rodoviário e fluvial, mas também reforçar a capacidade de resistência das populações locais, melhorar o seu ambiente de vida e reduzir as vulnerabilidades, nomeadamente as ligadas às alterações climáticas”, declarou Mamady Souaré, chefe da representação do Banco na República Centro-Africana.

O projeto, que está em conformidade com o documento de estratégia nacional do Banco para a República Centro-Africana, representa um importante passo em frente para a integração regional. Está a transformar profundamente as relações entre a República Centro-Africana e a República do Congo, consolidando os intercâmbios económicos, comerciais e pessoais entre os dois países vizinhos, de acordo com o relatório de avaliação do projeto. O projeto está igualmente em conformidade com o Documento de Estratégia de Integração Regional para a África Central. 

Os habitantes das prefeituras de Lobaye e Ombela Mpoko, que beneficiarão do projeto, compareceram em grande número na cerimónia de lançamento da primeira pedra.

O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é um parceiro estratégico para a República Centro-Africana. A 31 de março de 2025, a sua carteira ativa para este país centro-africano era composta por 19 projetos, com um compromisso financeiro total de 579 milhões de dólares. A repartição setorial da carteira é a seguinte: infraestruturas de transportes (51%), água e saneamento (21%), agricultura (12%), e outros setores como a energia, social, governação e finanças (16%).