O Conselho de Administração do Fundo Africano de Desenvolvimento (http://apo-opa.co/3SbHyVy), a janela concessionária do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org/pt), aprovou, a 22 de abril de 2025, em Abidjan, um financiamento de mais de 18 milhões de dólares americanos para o Projeto Regional de Desenvolvimento de Cadeias de Valor Resilientes do Arroz na África Ocidental – Componente Costa do Marfim (REWARD-CI).

O projeto, com um custo total de 21,44 milhões de dólares, é financiado por um empréstimo de 18,6 milhões de dólares do Fundo, com uma contribuição de 2,84 milhões de dólares do governo da Costa do Marfim. Será implementado pela Agência de Desenvolvimento da Cadeia do Arroz (ADERIZ), uma estrutura dependente do Ministério da Agricultura, Equipamento Rural e Produção Alimentar. 

O projeto será implementado nas regiões de Bélier e Gbèkè (centro do país) ao longo de um período de três anos e permitirá desenvolver sistemas de produção de arroz sustentáveis e climaticamente inteligentes, a fim de garantir uma produção adequada em quantidade e qualidade para abastecer os moinhos. Visa também desenvolver agrupamentos de transformação do arroz, a agroindústria e as ligações ao mercado para facilitar o comércio; apoiar as reformas políticas e regulamentares e a sua harmonização, para cadeias de valor do arroz competitivas face às importações. 

A sua implementação permitirá reforçar a segurança e a soberania alimentar na África Ocidental, promovendo o investimento público e privado nas cadeias de valor do arroz para aumentar a autossuficiência em arroz e reduzir a fatura das importações da região até 2030. O projeto permitirá também criar as melhores condições para a preparação de uma segunda fase mais ambiciosa, capaz de atrair investimentos públicos e privados nas cadeias de valor do arroz, nomeadamente na transformação de produtos agrícolas, no fornecimento de insumos e na prestação de serviços agrícolas e de comercialização. 

Para a vice-presidente do Grupo Banco responsável pela Agricultura e Desenvolvimento Humano e Social, Beth Dunford, “este projeto é uma das respostas operacionais emblemáticas do Banco ao financiamento dos Compactos dos países da África Ocidental resultantes da Cimeira de Dacar 2 (https://apo-opa.co/4jn0dtA), organizada conjuntamente pela União Africana e pelo Banco em janeiro de 2023, sob o tema: Alimentar África: soberania alimentar e resiliência”.

Cerca de 1.660 produtores, dos quais 580 mulheres e 415 jovens, serão beneficiários diretos deste projeto, que facilitará o seu acesso a sementes, fertilizantes, produtos fitossanitários, mecanização e equipamentos agrícolas, bem como a serviços de acompanhamento agrícola. Além desses atores, o projeto beneficiará os operadores económicos nas duas regiões visadas, bem como as autarquias descentralizadas e as estruturas desconcentradas do Ministério da Agricultura, Equipamento Rural e Produção Alimentar.