O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org) e a República da Guiné Equatorial assinaram, a 30 de outubro de 2025, em Bata, um acordo de financiamento de 58,61 milhões de euros para a implementação da primeira fase do Projeto de Reforço do Capital Humano em Apoio à Inclusão Económica e Social (PARCH 1).

Léandre Bassolé, diretor-geral do Banco Africano de Desenvolvimento para a África Central, e Pedro Abeso Obiang Eyang, vice-ministro das Finanças e do Orçamento e governador adjunto do Banco para a Guiné Equatorial, assinaram o acordo que marca o regresso dos investimentos do Banco nos setores de desenvolvimento humano do país, após dez anos.

O projeto visa melhorar a qualidade e a oferta de formação, a fim de aumentar o acesso ao emprego de jovens equatoguineenses, rapazes e raparigas, para um crescimento impulsionado pelo setor privado.

Esta primeira fase prevê, nomeadamente, a formação de cerca de 2 mil jovens, dos quais 45% são mulheres, a criação de 4.500 postos de trabalho, a criação de 500 empresas dirigidas por jovens e mulheres, e a construção de dois institutos politécnicos provinciais em Mongomo e Luba, de acordo com as normas internacionais e de sustentabilidade climática. O projeto mobilizará também o setor privado através de oportunidades de estágios para os jovens formados, da criação de incubadoras e de fundos de apoio ao empreendedorismo.

“Este projeto faz a ponte entre as infraestruturas construídas nas últimas décadas e as competências necessárias para as manter, conservar e transformar em riqueza sustentável. Ao formar jovens qualificados e empreendedores, a Guiné Equatorial cria as condições para uma prosperidade partilhada, onde o conhecimento se torna o principal recurso do país”, afirmou Bassolé.

“Este financiamento representa um investimento estratégico no futuro da nossa juventude. Ao desenvolver as competências dos nossos jovens em setores promissores, lançamos as bases para uma economia diversificada e resiliente, capaz de criar oportunidades sustentáveis para todos os equatoguineenses”, afirmou, por sua vez, Obiang Eyang.

Com um custo total de 73,27 milhões de euros, o projeto será também financiado por uma contrapartida do governo da Guiné Equatorial de 14,65 milhões de euros.

A 30 de agosto de 2025, a carteira em curso do Grupo Banco na Guiné Equatorial inclui cinco operações para seis instrumentos, totalizando um montante líquido de compromissos de cerca de 85,6 milhões de euros. A repartição dos compromissos por setor é a seguinte: 65% para a agricultura, incluindo a pesca, 34% para a governação, 0,69% para as comunicações (TIC) e 0,55% para a energia.