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    • Behailu Seboka, fundador da Askema Engineering, na sua oficina
    • Participantes da Reunião Anual da ACEA em Adis Abeba
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Fonte: African Development Bank Group (AfDB) |

Economia circular africana ganha impulso com mais oportunidades para inovação

O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento incorporou a circularidade na sua Estratégia Decenal 2024-2033, reconhecendo-a como uma base para a prosperidade sustentável

A economia circular liga os quatro pontos cardeais do Grupo do Banco numa única equação: transformar os recursos, as ideias e a juventude de África em alavancas do poder económico

ABIDJAN, Costa do Marfim, 28 de outubro 2025/APO Group/ --

Nos arredores de Adis Abeba, Behailu Seboka, 30 anos, fundador da Askema Engineering, fabrica pastilhas de travão a partir de materiais descartados de matadouros. O que começou como um projeto universitário agora emprega 268 pessoas e atende 6.400 clientes em toda a Etiópia. “Com o apoio certo, podemos provar que a economia circular não é boa apenas para o ambiente, mas também para os negócios”, afirma.

A Askema Engineering, expositora na Reunião Anual de 2025 da Aliança Africana para a Economia Circular (ACEA), exemplifica como a engenhosidade africana – quando apoiada por políticas e investimentos coordenados – pode tornar-se um ativo industrial e pronto para exportação.

Em todo o continente, empresas como a Askema estão a criar uma visão tangível da transição circular, e os participantes da Reunião Anual da ACEA conheceram várias iniciativas lideradas por pequenas e médias empresas africanas comprometidas com essa abordagem. 

Em Madagáscar, o Ministério do Ambiente está a estabelecer parcerias com inovadores locais para reciclar saquinhos de polietileno em fios duráveis para bolsas. No Burquina Faso, os resíduos plásticos são transformados em pedras de pavimentação ou tábuas utilizadas para secretárias escolares e equipamentos para espaços públicos.

Estes projetos ilustram a essência da circularidade, um modelo económico que promove a sustentabilidade através da reutilização e reciclagem de materiais e recursos, e da eliminação de resíduos.

Impulsionando o desenvolvimento de África

Todos os anos, mais de 10 milhões de jovens entram no mercado de trabalho africano, mas apenas 3,1 milhões de empregos são criados. Com o mercado global da economia circular estimado em 546 mil milhões de dólares e com o potencial de criar 11 milhões de novos empregos até 2030, a adoção da circularidade por África pode tornar-se um fator de mudança para o emprego e o crescimento inclusivo.

A Aliança Africana para a Economia Circular (ACEA) (http://apo-opa.co/4hAbcQm), composta por 21 países africanos, está a liderar os esforços para incorporar os princípios circulares nas estratégias de desenvolvimento do continente. A sua missão: transformar a transição verde numa alavanca para o desenvolvimento e a integração.

A Reunião Anual da ACEA de 2025, organizada pelo Grupo Banco Africano de Desenvolvimento em Adis Abeba, de 14 a 16 de outubro, proporcionou uma plataforma fundamental para o diálogo, a troca de conhecimentos e a criação de parcerias. Os participantes exploraram formas de ampliar modelos circulares que proporcionem dividendos ambientais e económicos.

A reunião contou com a participação de Estados-Membros e representantes de 19 instituições parceiras, incluindo a União Africana, a União Europeia, o Banco Africano de Desenvolvimento, a Organização Africana de Harmonização (ARSO) e agências da ONU, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Confiança e cooperação crescentes

As discussões centraram-se na harmonização de normas, financiamento e políticas industriais para superar a fragmentação do ecossistema da economia circular africana. Iniciativas como o Mecanismo Africano de Economia Circular (ACEF), um instrumento catalisador do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, e o Plano de Ação Continental para a Economia Circular (CEAP) da União Africana já estão a impulsionar o progresso, em linha com a Agenda 2063 da UA.

“Gostaria de felicitar a Aliança Africana para a Economia Circular e o Banco Africano de Desenvolvimento pelo seu compromisso determinado com a economia circular”, afirmou a Embaixadora da Finlândia na Etiópia, Sinikka Antila. “O número crescente de membros da ACEA ilustra a confiança crescente nesta visão partilhada”. A Finlândia é um dos países parceiros da Aliança e um doador do ACEF (http://apo-opa.co/49plvEJ).

Aubin Ndodjide, representante do Chade na Etiópia, também elogiou os esforços da Aliança para converter as oportunidades da economia circular em soluções tangíveis e empregos sustentáveis para os jovens africanos.

O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento incorporou a circularidade na sua Estratégia Decenal 2024-2033, reconhecendo-a como uma base para a prosperidade sustentável. A nova agenda dos Quatro Pontos Cardeais do Grupo do Banco – expandir o acesso ao capital, reformar o sistema financeiro, aproveitar o potencial demográfico e investir em infraestruturas resilientes – reflete o mesmo espírito.

“A economia circular liga os quatro pontos cardeais do Grupo do Banco numa única equação: transformar os recursos, as ideias e a juventude de África em alavancas do poder económico”, afirmou Nathaniel Oluoch Agola, Diretor Nacional Interino do Grupo Banco na Etiópia.

Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).

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