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    • O workshop de lançamento técnico da componente burundesa do Projeto Integrado de Desenvolvimento Burundi-Ruanda reuniu uma grande diversidade de delegados de instituições públicas, do setor privado e de parceiros técnicos e financeiros, bem como de organizações da sociedade civil envolvidas na sua implementação
    • A componente burundiana do BRIDEP capitalizará o forte potencial agrícola da planície de Ruzizi, investindo em cadeias de valor estratégicas, nomeadamente a do milho
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Fonte: African Development Bank Group (AfDB) |

Burundi entra numa nova dinâmica regional para modernizar a sua agricultura

Com um orçamento de 152 milhões de dólares, a componente burundiana do projeto impõe-se como uma alavanca estruturante do desenvolvimento agrícola nacional e regional

A agricultura é o coração da economia burundiana e, quando estruturada, apoiada e modernizada, torna-se um poderoso motor de transformação

BUJUMBURA, Burundi, 28 de may 2025/APO Group/ --

O governo do Burundi e o Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org) lançaram, a 20 de maio de 2025, em Bujumbura, a componente burundesa do Projeto Integrado de Desenvolvimento Burundi-Ruanda (BRIDEP) (https://apo-opa.co/3SoDdP3). O projeto visa melhorar a produção agrícola e as ligações de transporte transfronteiriças, para além de facilitar o comércio entre os dois países vizinhos da África Oriental.

O workshop técnico de lançamento reuniu os principais atores institucionais, técnicos e financeiros da componente nacional do projeto. O seu objetivo principal era harmonizar o nível de informação e apresentar as grandes orientações da componente burundiana.

“O lançamento deste projeto é uma etapa crucial para a continuação da sua implementação, que constitui um marco histórico no compromisso do Burundi com o desenvolvimento sustentável, inclusivo e integrado”, declarou Diomède Ndayirukiye, secretário permanente do Ministério do Ambiente, Agricultura e Pecuária do Burundi. “Ao valorizar o nosso potencial irrigável, dinamizar a agroindustrialização e o empreendedorismo dos jovens e das mulheres, reforçar a resiliência face às alterações climáticas e promover a integração regional através de infraestruturas modernas, estamos a abrir caminho para uma profunda transformação da nossa agricultura”, acrescentou.

O Projeto Integrado de Desenvolvimento Burundi-Ruanda, na sua componente burundesa, posiciona-se como uma alavanca estratégica para a transformação rural e a redução sustentável da pobreza. Implementado em nove províncias com elevado potencial agroeconómico – de Kirundo a Cibitoke, passando por Gitega, Muyinga e Kayanza –, atua no coração dos territórios onde se joga o futuro da soberania alimentar e da inclusão económica. 

Sementes melhoradas serão fornecidas para explorar 24 mil hectares de terra e técnicas agrícolas adaptadas ao clima serão ministradas aos produtores. Além disso, 40 centros de criação privados irão relançar raças de suínos e aves de bom rendimento. A estes somam-se 6 mil hectares de pântanos e 18 mil hectares de bacias hidrográficas que serão reabilitados. Esta transformação do território será apoiada por uma revolução digital: a geolocalização de 120 mil famílias vai dar-lhes acesso a uma plataforma digital que centraliza insumos, financiamentos e oportunidades. Por fim, as infraestruturas estratégicas do projeto incluem a construção do primeiro posto fronteiriço com balcão único em Akanyaru Haut — uma ferramenta para facilitar o comércio, mas também para promover a integração concreta — e a criação de dois agropólos piloto em Cibitoke e Karuzi. Estes pólos, fruto de uma parceria público-privada, simbolizarão assim a entrada da agricultura burundesa na era industrial.

“A agricultura é o coração da economia burundiana e, quando estruturada, apoiada e modernizada, torna-se um poderoso motor de transformação”, afirmou Pascal Yembiline, responsável pelo Burundi no Banco Africano de Desenvolvimento. A escolha de locais como a planície de Ruzizi para o projeto não é casual, afirmou. Esta zona fértil é também um símbolo de potencial inexplorado. “Através do projeto, o Banco orgulha-se de apoiar a visão ambiciosa do governo do Burundi, visando a planície para gerar empregos, reforçar as capacidades dos atores locais e melhorar de forma sustentável as condições de vida de milhares de famílias rurais. É aí que reside toda a força do nosso compromisso: construir, juntos, uma agricultura resiliente, inclusiva e voltada para o futuro”, explicou Yembiline.

Para Pascal Sanginga, responsável regional pelo setor da Agricultura e Agroindústria no escritório da África Oriental do Grupo Banco, esta iniciativa representa uma nova geração de projetos de forte impacto que o Banco pretende promover. “O Banco Africano de Desenvolvimento adotou plenamente a integração regional como eixo estratégico de inovação. Com o BRIDEP, trata-se de criar sinergias entre as ambições dos países membros em torno de soluções concertadas. Este projeto é uma grande oportunidade para o Burundi e um modelo estruturante que o Banco se orgulha de apoiar, tanto a nível técnico como financeiro”, afirmou. 

Com um orçamento de 152 milhões de dólares, a componente burundiana do projeto impõe-se como uma alavanca estruturante do desenvolvimento agrícola nacional e regional. Com a liderança do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, que concentra mais de metade do financiamento (https://apo-opa.co/43huEf9), e um cofinanciamento sólido do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o projeto contará também com o compromisso firme do governo do Burundi e a participação ativa das populações beneficiárias. A sua implementação terá uma duração de seis anos (2024-2029).

Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).

Contato para os media:
Dismas Junior Birarondewa
Departamento de Comunicação e Relações Externas
media@afdb.org

Sobre o grupo Banco Africano de Desenvolvimento:
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição financeira de desenvolvimento em África. Inclui três entidades distintas: o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), o Fundo Africano de Desenvolvimento (ADF) e o Fundo Fiduciário da Nigéria (NTF). Presente no terreno em 41 países africanos, com uma representação externa no Japão, o Banco contribui para o desenvolvimento económico e o progresso social dos seus 54 Estados-membros. Mais informações em www.AfDB.org/pt