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    • Os embaixadores argentinos Claudio Rozencwaig (7~ a contar da direita) e Alejandro Herrero (2º a contar da direita) com os vice-presidentes do AfDB Simon Mizrahi (6º a contar da direita) e Solomon Quaynor (ao centro) com outros dirigentes do Banco, em Abidjan
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Visita do Subsecretário de Política Externa da Argentina ao Banco Africano de Desenvolvimento destaca oportunidades de parceria nos setores agrícola e farmacêutico

O Subsecretário, que visitou a sede do Banco em Abidjan a 12 de setembro, reuniu-se com o Diretor Executivo do Banco para a Argentina, Áustria, Brasil, Japão e Arábia Saudita, Takaaki Nomoto, bem como com quadros superiores do Banco

A Argentina tornou-se membro do Fundo Africano de Desenvolvimento em 1979 e do Banco Africano de Desenvolvimento em 1985

ABIDJAN, Costa do Marfim, 18 de setembro 2023/APO Group/ --

Em visita ao Banco Africano de Desenvolvimento (http://www.AfDB.org), o Subsecretário de Política Externa da Argentina, Claudio Rozencwaig, manifestou grande interesse em aprofundar a parceria existente e explorar oportunidades que beneficiem as empresas argentinas e africanas, nomeadamente nos setores agrícola e farmacêutico.

O Subsecretário, que visitou a sede do Banco em Abidjan a 12 de setembro, reuniu-se com o Diretor Executivo do Banco para a Argentina, Áustria, Brasil, Japão e Arábia Saudita, Takaaki Nomoto, bem como com quadros superiores do Banco. Foi acompanhado pelo embaixador da Argentina na Nigéria, Alejandro Herrero.

O Vice-Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento para a Tecnologia e Serviços Corporativos, Simon Mizrahi, deu as boas-vindas aos visitantes. O Vice-Presidente para o Setor Privado, Infraestruturas e Industrialização, Solomon Quaynor, e Alex Mubiru, Diretor-Geral do Gabinete do Presidente do Banco, Dr. Akinwumi Adesina, também participaram na reunião, assim como vários gestores de todos os complexos do Banco.

Rozencwaig afirmou que a Argentina tem muito a oferecer no setor da agricultura, nomeadamente em matéria de produção animal, maquinaria e técnicas para minimizar as perdas pós-colheita. Rozencwaig disse ainda que o país também tem capacidade em imagens de satélite para pesquisa e transporte, além de produtos farmacêuticos para animais.

O governo tem experiência de participação em acordos de "cooperação triangular" com doadores, incluindo a Agência de Cooperação Internacional do Japão e o Banco Islâmico de Desenvolvimento. A Argentina forneceu assistência técnica e conhecimentos especializados no âmbito desses acordos, afirmou. Rozencwaig também expressou interesse em aprender mais sobre os processos de aquisição do Banco.

Quaynor observou que a experiência agrícola da Argentina era de particular interesse para o Banco. Salientou a importância do setor agrícola para os planos estratégicos do Banco Africano de Desenvolvimento, incluindo a prioridade estratégica Alimentar África, uma dos High5.

"As sinergias entre os países membros regionais do Banco e o país sul-americano vão para além do comércio. Por exemplo, as perdas pós-colheita atingiam 40% em alguns países africanos, disse Quaynor, um problema que o Banco estava a tentar ultrapassar. Ele também citou o Botsuana como um país africano que poderia acolher parcerias com produtores de carne bovina argentinos.

Quaynor disse que os Market Days do Fórum Africano de Investimento, programado para 8 a 10 de novembro, representa um ótimo ponto de entrada para as empresas argentinas que desejam investir em África.

Damian Ihedioha, gerente da Divisão de Agronegócios, disse que os Compactos de Entrega de Alimentos e Agricultura, produzidos durante a Cimeira Alimentar de Dacar, são outro ponto de entrada potencial para as empresas argentinas. Ihedioha disse que os compactos atrairiam investimentos para aumentar a produtividade agrícola e construir sistemas agrícolas climaticamente inteligentes ao longo da cadeia de valor alimentar. Ihedioha referiu a aquacultura e a economia azul como outras áreas de convergência.

Richard Ofori-Mante, Diretor Interino do Banco Africano de Desenvolvimento para as Finanças Agrícolas, disse que o Banco está a trabalhar para apoiar o desenvolvimento de Zonas Especiais de Processamento Agroidustrial e que estas necessitam de maquinaria agrícola. Ofori-Mante afirmou que a tecnologia de satélite oferece uma forma de avaliar a qualidade do solo para aumentar a produtividade.      

Outra via de parceria e envolvimento que surgiu durante a conversa foi o Fundo Fiduciário de Cooperação Sul-Sul do Banco, que foi criado pelo Brasil para apoiar os países africanos na mobilização e aproveitamento de soluções de desenvolvimento e conhecimentos técnicos disponíveis no Sul.

Eduardo Rolim de Pontes Vieira, Assessor Sénior do Diretor Executivo Nomoto, afirmou que, embora o fundo tenha sido criado em parceria com o Brasil, está a ser reconstituído como um fundo fiduciário multilateral, uma medida que permitirá à Argentina tornar-se um doador.

As discussões também abrangeram a atração de mais profissionais argentinos para o Banco Africano de Desenvolvimento, potencialmente através do seu programa de Jovens Profissionais, com Mubiru a sugerir um seminário de recrutamento no país.

A Argentina tornou-se membro do Fundo Africano de Desenvolvimento em 1979 e do Banco Africano de Desenvolvimento em 1985. O país comprometeu-se a contribuir com 15 milhões de dólares para a 12ª reconstituição do Fundo Africano de Desenvolvimento. 

Outros tópicos discutidos incluíram os Seminários de Oportunidades de Negócios do Banco, realizados duas vezes por ano, como um meio de aprender mais sobre os processos de aquisição do Banco Africano de Desenvolvimento. O próximo seminário está agendado para outubro de 2023.

A visita teve lugar numa altura em que a Argentina está a tentar expandir a sua presença em África. O país abriu embaixadas em Moçambique e Angola nos últimos anos e está a ponderar a reabertura de uma embaixada na Costa do Marfim.

Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).