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Fonte: African Development Bank Group (AfDB) |

Banco Africano de Desenvolvimento saúda os grandes projetos lançados pela Argélia

Expressando a sua gratidão ao presidente da República Argelina, Abdelmadjid Tebboune, salientou que esta decisão marcava uma etapa estratégica na relação entre a Argélia e o Grupo Banco

A ambição do governo argelino, a qualidade dos seus projetos e a capacidade de execução nacional tornam-no um parceiro central para África

Argel, Argélia, 19 de november 2025/APO Group/ --

“O Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org/pt) está extremamente honrado por ter sido escolhido como parceiro internacional de eleição no âmbito do reengajamento da Argélia com o financiamento externo”, declarou o presidente da instituição pan-africana, Sidi Ould Tah, por ocasião de uma visita oficial a 16 e 17 de novembro à Argélia. Expressando a sua gratidão ao presidente da República Argelina, Abdelmadjid Tebboune, salientou que esta decisão marcava uma etapa estratégica na relação entre a Argélia e o Grupo Banco.

O recurso da Argélia ao financiamento externo de projetos de interesse nacional, inscrito na lei das Finanças de 2025, abre caminho para a mobilização de recursos a favor do primeiro grande projeto prioritário: a linha ferroviária Laghouat-Ghardaïa-El Menaia, de 495 quilómetros, com um custo estimado de 2,8 mil milhões de dólares. Trata-se da primeira etapa de um corredor estruturante do norte ao Saara profundo, a ferrovia trans-saariana, um eixo Argel-Tamanrasset de cerca de 2 mil quilómetros, que deverá estender-se até o Níger. Este corredor deve desbloquear o sul, abrir uma nova via logística para os países do Sahel e permitir a valorização dos recursos minerais localizados no coração do Saara.

Esta operação insere-se num programa nacional de expansão ferroviária que visa duplicar a rede atual para 10 mil quilómetros em 2030, antes de atingir 15 mil quilómetros a longo prazo. O objetivo das autoridades argelinas é claro: construir uma logística moderna para reduzir custos, ligar regiões isoladas, reforçar a integração regional do país e aumentar a transformação local dos minerais críticos e industriais que abundam na região.

O ministro dos Hidrocarbonetos e Minas, Mohamed Arkab, recordou, a este respeito, a orientação do governo: “Não podemos mais aceitar exportar as nossas matérias-primas em estado bruto”. A Argélia pretende aumentar a transformação local de hidrocarbonetos de 30% para 60% até 2035, apoiada por um programa de investimento de 60 mil milhões de dólares entre 2025 e 2029, abrangendo exploração, refinação, petroquímica, hidrogénio e indústrias de derivados de gás. Arkab salientou a necessidade de alargar esta gama a fertilizantes, óleos e pneus, bem como às indústrias de transformação mineira e materiais críticos.

No setor mineiro, o ministro destacou um potencial considerável: ferro, zinco, ouro, terras raras, minerais destinados à eletrificação e às tecnologias emergentes. Muitos depósitos saarianos, distantes cerca de 2 mil quilómetros dos portos, são penalizados por um transporte rodoviário caro e lento. O desenvolvimento da trans-saariana, com comboios de mercadorias a circular a 220 km por hora, permitirá viabilizar a exploração e transformação local destes recursos, abrindo simultaneamente oportunidades logísticas para os países vizinhos sem acesso marítimo.

Ould Tah salientou a coerência desta ambição com a visão dos Quatro Pontos Cardeais que defende à frente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento: valor acrescentado, industrialização, soberania mineira e aumento das capacidades africanas. Ele citou o estudo da Bloomberg NEF (https://apo-opa.co/4nZlgnv) encomendado pelo Grupo Banco, pelo Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) e por outros parceiros. De acordo com esse estudo, África tem uma clara vantagem competitiva na produção de precursores de cátodos para baterias, com custos significativamente inferiores aos da Polónia, China ou Estados Unidos. Para Ould Tah, “os países africanos teriam a ganhar com a adoção de uma abordagem coordenada, sob a égide da Comissão da União Africana, para proteger e valorizar os seus minerais críticos de forma sustentável”.

O presidente Ould Tah garantiu às autoridades argelinas que o Banco está totalmente disposto a concentrar os seus esforços na Argélia no apoio à transformação energética, mineira e industrial, e no desenvolvimento de infraestruturas capazes de apoiar a integração regional e a competitividade económica.

O ministro do Interior, das Coletividades Locais e dos Transportes, Saïd Sayoud, e o ministro das Obras Públicas e Infraestruturas Básicas, Abdelkader Djellaoui, apresentaram a experiência adquirida pela Argélia na gestão de grandes obras de infraestrutura. A Argélia dotou-se de uma capacidade de execução rara no continente, com 950 quilómetros de vias férreas construídas em 24 meses com fundos próprios e com uma produção 100% nacional. Os projetos abrangem tanto os grandes corredores Norte-Sul como as linhas mineiras estratégicas a Oeste (Béchar-Tindouf-Gara Djebilet) e a Este (El Hadba-Annaba), destinadas a apoiar projetos mineiros e industriais.

A segurança hídrica constituiu outro eixo central da viagem do presidente Ould Tah à Argélia. Ao visitar o local da megaestação de dessalinização de água do mar ‘Fouka 2’, nos subúrbios a oeste de Argel, que entrará em funcionamento em 2025 com uma capacidade de 300 mil m3/dia após menos de dois anos de obras, o presidente do Grupo Banco pôde avaliar a dimensão deste programa. O país opera atualmente 19 estações de dessalinização e iniciou a construção de cinco novas estações com capacidade de 300 mil m³/dia cada, que deverão entrar em funcionamento entre 2026 e 2027. Este novo conjunto elevará a capacidade de dessalinização para 60% das necessidades nacionais até 2030, a fim de responder à seca persistente na região mediterrânica há seis anos.

Em matéria de segurança energética, o governo argelino declarou-se disposto a partilhar a sua experiência em gás liquefeito de petróleo com os países africanos. Mohamed Arkab indicou que o GLP doméstico abastece cerca de 75% dos lares e, na totalidade, algumas cidades do sul, como Tindouf, graças a uma infraestrutura concebida e realizada localmente, facilmente transponível para outros países africanos. Na sua opinião, essa experiência poderia constituir um modelo africano para acelerar a transição energética limpa e reduzir a desflorestação. Sidi Ould Tah saudou a pertinência dessa experiência, uma vez que o Grupo Banco apoia várias iniciativas de cozinha limpa.

A visita ao Salão Internacional da Eletricidade e da Energia, KAHRABA 2025, permitiu ao presidente Ould Tah constatar que a Argélia produz hoje cerca de 90% dos seus equipamentos elétricos, cobrindo toda a cadeia, desde a conceção até à turbina, passando pelos geradores.

“A ambição do governo argelino, a qualidade dos seus projetos e a capacidade de execução nacional tornam-no um parceiro central para África”, concluiu Sidi Ould Tah, afirmando que o Grupo Banco pode mobilizar o poder das suas parcerias e instrumentos financeiros para acompanhar esta dinâmica de transformação.

Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).

Link Adicional:
https://apo-opa.co/47ZqARW

Contacto para os media:
Chawki Chahed
Departamento de Comunicação e Relações Externas
media@afdb.org

Sobre o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento:
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição financeira de desenvolvimento em África. Inclui três entidades distintas: o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), o Fundo Africano de Desenvolvimento (ADF) e o Fundo Fiduciário da Nigéria (NTF). Presente no terreno em 41 países africanos, com uma representação externa no Japão, o Banco contribui para o desenvolvimento económico e o progresso social dos seus 54 Estados-membros. Mais informações em www.AfDB.org/pt