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- O Prof. Njuguna Ndung’u, Secretário Nacional do Gabinete do Tesouro e Planeamento Económico e governador para o Quénia, à esquerda, com Philippe Lasmel, governador interino da Costa do Marfim na cerimónia de encerramento dos Encontros Anuais de 2024
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Grupo Banco Africano de Desenvolvimento conclui Encontros Anuais de 2024 com mandato reforçado e aumento de capital para 318 mil milhões de dólares
Acionistas do Banco aprovam a criação de uma Agência Africana de Rating
Precisamos de criar uma resposta justa que classifique os países africanos de forma adequada e com equidade
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org) concluiu os seus Encontros Anuais de 2024 com um mandato reforçado dos seus acionistas, permitindo-lhe alinhar-se melhor com a evolução da arquitetura financeira mundial e reforçar o seu apoio ao continente.
Ao longo dos cinco dias de reuniões, realizadas na capital do Quénia, Nairobi, os acionistas aprovaram um aumento de capital mobilizável de 117 mil milhões de dólares, elevando o capital total do Banco para 318 mil milhões de dólares. Este aumento destina-se a reforçar a capacidade de intervenção do Banco em África.
“Esta é uma demonstração importante da fé e da confiança que os nossos acionistas depositam em nós”, afirmou o Presidente do Banco, Akinwumi Adesina. “Mostra a sua confiança na nossa capacidade de utilizar bem os recursos, a sua confiança na nossa capacidade de mobilizar mais capital com o que temos, o que nos dará mais liquidez enquanto banco para podermos fazer mais”, acrescentou
O tema do evento deste ano, realizado de 27 a 31 de maio, foi ‘A Transformação de África, o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento e a Reforma da Arquitetura Financeira Global’. Adesina enfatizou a necessidade de uma arquitetura financeira global e de um sistema de financiamento climático mais justos e equitativos, para garantir que beneficiam os países que mais precisam.
No evento, o Quénia prometeu 20 milhões de dólares para o Fundo Africano de Desenvolvimento, a janela concessional do Grupo Banco que serve 37 países de baixo rendimento. Este compromisso faz do Quénia o maior país contribuinte regional para o fundo.
As reuniões deste ano atraíram mais de 10 mil participantes de África e do resto do mundo e marcaram o lançamento das celebrações do 60º aniversário do Banco. Os delegados incluíram vários chefes de Estado e de Governo africanos, governadores do Banco, diretores executivos, altos dirigentes governamentais, parceiros de desenvolvimento, representantes do mundo académico e da sociedade civil.
Para além das reuniões estatutárias, o evento incluiu vários eventos paralelos e sessões de diálogo para partilha de conhecimentos, conduzidas por peritos africanos e mundiais. O relatório emblemático do Banco sobre as Perspetivas Económicas em África foi também apresentado, revelando que as economias africanas estão a demonstrar resiliência apesar das condições económicas difíceis. O relatório aponta para um crescimento médio do PIB de 3,7% em 2024, com um aumento projetado para 4,3% em 2025.
Adesina sublinhou a importância de África estar no centro da arquitetura financeira mundial: “O Banco tem de continuar a liderar esta tarefa. Temos de estar à mesa de negociações. Como africanos, devemos acreditar em nós próprios e escrever uma nova narrativa para África. O crescimento de África sustentará o crescimento do mundo, com África no seu centro”.
Foi consensual que, para alcançar a transformação estrutural de África, é necessário melhorar o ambiente macroeconómico, a mobilização de recursos internos, a cobrança de impostos, a digitalização, a formalização do setor informal, o combate aos fluxos ilícitos de capitais e à corrupção e a melhoria da capacidade dos países para negociar melhor os impostos e os royalties dos seus vastos recursos naturais.
Os acionistas também apoiaram fortemente a criação de uma agência africana de rating, concebida para compreender melhor e avaliar de forma justa as condições do continente.
“Essa agência de notação financeira africana não vai substituir as agências de notação mundiais”, explicou Adesina. “O que os chefes de Estado estão a dizer é que querem uma instituição homóloga que compreenda melhor as condições do continente”, salientou.
Adesina sublinhou a necessidade de reformar o sistema de rating mundial: “O sistema de classificação global tem de mudar. Precisamos de criar uma resposta justa que classifique os países africanos de forma adequada e com equidade. África não está a pedir uma exceção, mas é necessário um processo justo que classifique corretamente os países africanos. Trata-se de justiça, de equidade, de garantir que tanto os países soberanos como os não soberanos são corretamente classificados”, argumentou.
No comunicado final, os governadores do Banco, em representação dos acionistas, salientaram vários desenvolvimentos positivos, incluindo os esforços do Banco para aumentar a segurança alimentar e nutricional em África através da sua estratégia ‘Alimentar África’. Manifestaram também a sua confiança na capacidade de África para construir uma infraestrutura de energia verde, ao mesmo tempo que procura um futuro com baixas emissões de carbono.
O comunicado sublinhou a necessidade de aumentar os investimentos do setor privado para acelerar a transformação de África. Apelou à administração do Banco para que reforce ainda mais o apoio aos países membros regionais, ajudando-os a atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável.
Os Governadores congratularam-se com os esforços envidados para garantir mais de 1,5 mil milhões de dólares em financiamentos através da Ação Financeira Afirmativa para as Mulheres em África (AFAWA) e para integrar a perspetiva do género em todas as operações.
A reunião de Nairobi marcou a 59o Encontro Anual do Conselho de Governadores do Banco Africano de Desenvolvimento e a 50ª Reunião do Conselho de Governadores do Fundo Africano de Desenvolvimento.
As reuniões terminaram com o Secretário do Gabinete do Tesouro Nacional e do Planeamento Económico do Quénia, Prof. Njuguna Ndung'U, presidente do evento de 2024, a passar o testemunho ao Ministro da Economia, do Planeamento e do Desenvolvimento da Costa do Marfim e Governador do Banco, Niale Kaba, enquanto o país se prepara para acolher os Encontros Anuais de 2025 em Abidjan, de 26 a 30 de maio de 2025.
As atividades que assinalam o 60.º aniversário do Banco terão o seu pico em setembro.
- Discurso de encerramento do Dr. Akinwumi Adesina: http://apo-opa.co/4ejJeGE
- Comunicado oficial dos Conselhos de Governadores
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Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).
Contacto para os media:
Jonathan Clayton,
Departamento de Comunicação e Relações Externas,
media@afdb.org
Sobre o Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento:
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição financeira de desenvolvimento em África. Inclui três entidades distintas: o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), o Fundo Africano de Desenvolvimento (ADF) e o Fundo Fiduciário da Nigéria (NTF). Presente no terreno em 41 países africanos, com uma representação externa no Japão, o Banco contribui para o desenvolvimento económico e o progresso social dos seus 54 Estados-membros. Mais informações em www.AfDB.org/pt