African Development Bank Group (AfDB)
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    • E-D: Allan Kasujja, Moderador; Admassu Tadesse, presidente e CEO do Banco de Comércio e Desenvolvimento África Oriental e Austral; Danladi Verheijen, Cofundador e CEO da Verod Capital; Malick Ndiaye, CEO do Banque Agricole; Dr.Olagunju Ashimolowo, Vice-Presidente de Operações no Banco de Investimento e Desenvolvimento da CEDEAO; Wagner Albuquerque de Almeida, Diretor Global de Produção, Agronegócios e Serviços na Corporação Financeira Internacional
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Fonte: African Development Bank Group (AfDB) |

Peritos apelam à libertação do potencial de impacto das Pequenas e Médias Empresas (PME) agrícolas em África na Cimeira Alimentar de Dacar 2

O Grupo africano do Banco de Desenvolvimento e o Governo do Canadá anunciaram a criação de um novo fundo especial de apoio às pequenas e médias empresas africanas (PME) no sector agrícola

O Mecanismo catalítico das PME agroalimentares visa catalisar e desegressar investimentos para as PME agrícolas

ABIDJAN, Costa do Marfim, 10 de fevereiro 2023/APO Group/ --

Os peritos mundiais reunidos durante um painel na segunda cimeira internacional sobre produção alimentar, em Dacar (https://apo-opa.info/3lskGUC), apelaram à utilização de caminhos rápidos para cobrir o défice de financiamento da agricultura e abordar os obstáculos crescentes ao acesso ao mercado financeiro para as Pequenas e Médias Empresas (PME) agrícolas.

As discussões surgiram na sequência das perturbações na cadeia de abastecimento em consequência da pandemia da COVID-19, da guerra na Ucrânia, do aumento da inflação, dos preços elevados das matérias-primas, que levaram a um aumento da insegurança alimentar e nutricional.

A sessão, intitulada Cobrindo o Défice de Financiamento foi moderada por Alan Kasujja, Apresentador do BBC World Service.

Na cimeira, o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento e o Governo do Canadá anunciaram a criação de um novo fundo especial para apoiar as PME agrícolas em África.

O Mecanismo de Financiamento Catalítico das PME Agroalimentares tem como objetivo catalisar e tirar risco ao investimento para as PME agrícolas. Irá também reforçar as cadeias de valor agrícola e melhorar a segurança alimentar em todo o continente.

Os peritos exortaram os financiadores a explorarem o financiamento misto para ajudar a tirar risco às transações agrícolas, reduzir os custos de transação e atrair financiamento privado através da melhoria dos rácios de risco face ao retorno.

"Um desafio chave do setor é a compreensão dos riscos... Precisamos de financiamento misto para que as coisas mais arriscadas sejam feitas", disse Wagner Albuquerque de Almeida, Diretor Global de Manufatura, Agronegócios e Serviços da Corporação Financeira Internacional (IFC).

O líder do Banco de Comércio e Desenvolvimento, Admassu Tadesse, disse que o financiamento da agricultura não é tão arriscado como muitas vezes é percebido. "Depende de que parte do ciclo. Concentramo-nos na extremidade da cauda, onde existe baixo risco", explicou.

As maiores fontes de financiamento das PME agrícolas são os bancos comerciais locais. No entanto, os bancos preferem investir em empresas maiores e mais maduras, tais como grossistas bem implementados e processadores locais que comandam o mercado regional ou nacional, observou Tadesse.

Danladi Verheijen, cofundador e CEO da Verod Capital, uma empresa de investimento de capital privado, salientou que a agricultura deve ser vista como uma oportunidade de investimento.

"Os investidores querem entrar onde há rendimentos elevados", disse ele. Ele observou que um dos desafios na agricultura é encontrar a escala das empresas suficientemente atrativas para que os intermediários financeiros se envolvam com elas.

Os membros do painel observaram também que as cadeias de valor alimentar em África não são atualmente criadas para maximizar o potencial do nosso sistema alimentar. Esta perceção crescente tem abalado os intervenientes no setor agrícola africano na procura de soluções práticas para restaurar a segurança alimentar do continente.

Existe um vasto potencial para estabelecer elos de produção e comércio, assim como sinergias entre diferentes atores ao longo de toda a cadeia de valor do agronegócio: produtores, processadores e exportadores.

"Todos os elementos precisam de se unir. É preciso ter um 'airbag' se as coisas correrem mal", disse o Dr. Heike Harmgart, Diretor Executivo para o Mediterrâneo do Sul e Oriental do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento.

Os oradores também exortaram os agricultores e as PME agrícolas a "recuperar o seu poder" através de cooperativas. "Precisamos de os ajudar a organizarem-se para criar ‘clusters’ e cooperativas e criar um sentido de profissionalização no setor", disse Albuquerque de Almeida.

Em acordo com Almeida, o Dr. Olagunju Ashimolowo, vice-presidente de Operações do Banco de Investimento e Desenvolvimento da CEDEAO, instou os governos a identificar cooperativas para gerir os agricultores. Pediu também aos proprietários de gado que canalizassem adequadamente os fundos de uma forma que fosse "atrativa e financiáveis".

O anexo sobre agricultura digital do Programa de Aceleração da Adaptação de África (AAAP) (https://apo-opa.info/3XjJHim), do Banco Africano de Desenvolvimento, está a implantar tecnologias digitais destinadas a pequenos proprietários, PME agrícolas e agentes da cadeia de valor para aumentar a utilização de tecnologias digitais nas práticas agrícolas.

Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).