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- Foto de família tirada durante a cerimónia de receção provisória da fibra ótica no escritório da Niger Télécoms, Niamey, Níger
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Níger dá passo importante rumo à conectividade de banda larga com a receção de mais de 1.000 quilómetros de fibra ótica
O projeto tem duas componentes principais: por um lado, a construção de uma rede nacional e transfronteiriça de fibra ótica com 1031 quilómetros; por outro lado, a criação de um centro de dados nacional de nível Tier III
Esta rede não é um fim em si mesma, mas o início de um novo capítulo para o digital no Níger
O Níger procedeu, a 14 de novembro de 2025, à receção provisória dos troços de fibra ótica realizados no âmbito do Projeto da espinha dorsal trans-saariana de fibra ótica (DTS), financiado pelo Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org). Esta etapa marca um avanço importante na melhoria da conectividade de banda larga do país e na integração digital regional.
Uma cerimónia oficial foi realizada em Niamey na presença do Ministro da Comunicação e das Novas Tecnologias da Informação, Adji Ali Salatou, do chefe do escritório nacional do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento no Níger, Mamadou Tangara, do coordenador do projeto DTS, Abdoulkarim Soumaila, e do diretor-geral da Niger Télécoms, Idrissa Djibo Maïga, bem como de empresas e todos os intervenientes envolvidos na realização dos trabalhos.
O custo do projeto está estimado em 43 milhões de euros, com financiamento proveniente do Fundo Africano de Desenvolvimento, a janela concessional do Grupo Banco, e uma contrapartida nacional.
O projeto tem duas componentes principais: por um lado, a construção de uma rede nacional e transfronteiriça de fibra ótica com 1031 quilómetros; por outro lado, a criação de um centro de dados nacional de nível Tier III.
Os troços de fibra ótica recebidos cobrem cinco eixos principais do país: Arlit-Assamaka – fronteira com a Argélia; Diffa – N'Guigmi – fronteira com o Chade; ZinderMagaria – fronteira com a Nigéria; Niamey – Dosso – Gaya – fronteira com o Benim; Niamey – Makalondi – fronteira com o Burquina Faso.
A estes cinco troços acrescenta-se um circuito local urbano de 88 quilómetros destinado a ligar os principais locais administrativos ao futuro centro de dados nacional.
Um passo decisivo para uma África mais conectada
O Ministro da Comunicação e das Novas Tecnologias da Informação, Adji Ali Salatou, recordou, a este respeito, a visão do governo: “Com a próxima entrada em serviço destas diferentes ligações, concretiza-se assim a visão e a vontade de Sua Excelência o General do Exército Abdourahamane Tiani, Presidente da República, Chefe de Estado. O seu Programa para a Refundação da República (PRR) prevê, de facto, a ligação do território nacional em infraestruturas de telecomunicações de muito alta velocidade abertas à sub-região e a abertura do Níger à era da informação e do conhecimento”.
“Gostaríamos de saudar uma etapa importante na construção de uma África conectada, inclusiva e soberana em termos tecnológicos”, declarou o Sr. Tangara no seu discurso. O representante do Grupo Banco no Níger recordou que a espinha dorsal trans-saariana constitui uma alavanca estratégica para reforçar as interligações entre vários países da sub-região (Argélia, Níger, Nigéria, Chade, Mali e Mauritânia) e reduzir os custos de conectividade para as populações, as administrações e as empresas.
O projeto permitirá, nomeadamente, melhorar a resiliência digital do Níger, acelerar a digitalização dos serviços públicos e criar novas oportunidades económicas para os jovens, graças a uma conectividade de banda larga de qualidade.
O coordenador do projeto DTS, Abdoulkarim Soumaila, destacou o impacto concreto do projeto no acesso digital, na redução dos custos de conectividade e na promoção de novos serviços digitais, nomeadamente o comércio eletrónico, os serviços financeiros móveis e a administração eletrónica. Recordou também que o projeto contribuiu fortemente para o emprego local nas zonas abrangidas.
“Esta rede não é um fim em si mesma, mas o início de um novo capítulo para o digital no Níger”, afirmou o Sr. Tangara, apelando a uma exploração eficaz e sustentável da infraestrutura em benefício dos cidadãos.
A 31 de outubro de 2025, a carteira ativa do Banco Africano de Desenvolvimento no Níger ascendia a mais de 663 mil milhões de FCFA, abrangendo energia, transportes, água e saneamento, agricultura, governação, assuntos sociais e digitais. O projeto DTS insere-se plenamente neste compromisso estratégico que visa promover um crescimento inclusivo, sustentável e impulsionado pela inovação.
Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).
Contacto para os media:
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Sobre o Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento:
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição financeira de desenvolvimento em África. Inclui três entidades distintas: o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), o Fundo Africano de Desenvolvimento (ADF) e o Fundo Fiduciário da Nigéria (NTF). Presente no terreno em 41 países africanos, com uma representação externa no Japão, o Banco contribui para o desenvolvimento económico e o progresso social dos seus 54 Estados-membros. Mais informações em www.AfDB.org/pt