O Fundo de Desenvolvimento Urbano e Municipal (UMDF) (https://apo-opa.info/43CHYIN) do Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org) aprovou uma subvenção de 485 mil dólares para um projeto de eletricidade solar na Namíbia que irá alimentar cerca de 50 mil agregados familiares na capital.

O "Programa de Eletrificação Renovável e Melhoria dos Assentamentos Informais" beneficiará diretamente cerca de 200 mil pessoas em Windhoek, onde cerca de 20% da população não tem eletricidade.

O Fundo de Desenvolvimento Urbano e Municipal ajuda os governos a investir no desenvolvimento urbano sustentável para cidades mais resistentes ao clima, resilientes, habitáveis e produtivas, apoiando o desenvolvimento socioeconómico nacional e a redução da pobreza.

Em Windhoek, uma das consequências da urbanização rápida e descontrolada é o aumento dos assentamentos informais, caracterizados por bairros sem eletricidade e com atividades económicas subdesenvolvidas, o que prejudica gravemente a qualidade de vida dos residentes.

O Conselho Municipal de Windhoek solicitou o apoio do Fundo para melhorar os serviços nos seus bairros informais, uma prioridade fundamental do Plano Estratégico da metrópole. A instalação de eletricidade nos bairros informais é considerada um investimento crucial para desbloquear o potencial económico destas zonas e melhorar substancialmente as condições de vida dos habitantes.

Espera-se que o projeto arranque este ano com a preparação dos estudos de viabilidade e lançamento do concurso, para abranger as suas três componentes principais:

• A instalação de 60 MW de energia solar fotovoltaica e baterias associadas
• O desenvolvimento de um plano estrutural global para a reabilitação dos assentamentos informais, envolvendo um processo participativo para identificar e priorizar as oportunidades de investimento desbloqueadas pela eletrificação, por exemplo, água, estradas e mobilidade, áreas verdes e oportunidades de mercado
• Apoio institucional ao Conselho Municipal de Windhoek. Isto envolverá a revisão das regras e regulamentos existentes e apoio jurídico para acelerar os seus planos verdes e objetivos de eletrificação

Prevê-se que o impacto seja enorme: a disponibilidade de serviços de eletricidade não só apoiará o desenvolvimento de atividades domésticas, mas também de pequenas e médias empresas, como se verifica nas comunidades vizinhas já eletrificadas, resultando na criação de emprego e num impacto socioeconómico substancial. A energia solar contribuirá também para atenuar as emissões de gases com efeito de estufa provenientes da lenha e do querosene, reduzir a desflorestação e melhorar a qualidade do ar.

"O projeto está fortemente alinhado com as cinco prioridades estratégicas do Banco Africano de Desenvolvimento (High 5), em particular, Iluminar e Eletrificar África, melhorar a qualidade de vida das pessoas e Industrializar o continente", afirmou Mike Salawou, diretor do Departamento de Infraestruturas e Desenvolvimento Urbano.

Com este novo projeto, o UMDF alarga o seu apoio aos países da África Austral e diversifica a gama de setores apoiados. A eletrificação passa a fazer parte da sua carteira de mais de 20 projetos de desenvolvimento urbano.