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- O Banco Africano de Desenvolvimento contribuirá, através da implementação deste projeto, para melhorar o acesso à eletricidade para as populações do centro e norte de Moçambique
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Moçambique: Banco Africano de Desenvolvimento concede 33 milhões de dólares para melhorar a rede elétrica perto das fronteiras com o Maláui, Zâmbia e Zimbabué
A subvenção provém do Instrumento de Apoio à Transição, um instrumento financeiro do Banco especificamente destinado a Estados em fase de transição
Este projeto irá melhorar a qualidade do abastecimento nas regiões centro e norte, onde se concentra a maior parte da população de Moçambique
O Conselho de Administração do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org/pt), reunido em Abidjan a 5 de dezembro de 2023, aprovou uma subvenção de 33,25 milhões de dólares a Moçambique para implementar o projeto da linha de transporte de eletricidade Songo-Matambo.
A subvenção provém do Instrumento de Apoio à Transição, um instrumento financeiro do Banco especificamente destinado a Estados em fase de transição. O objetivo do projeto é aumentar a fiabilidade e a segurança do abastecimento elétrico de Moçambique e promover a integração regional da rede elétrica e do comércio de energia elétrica.
"Este projeto insere-se num esforço mais amplo de modernização da rede para permitir a instalação e venda de capacidade de produção suplementar e, desta forma, contribuir para a afirmação de Moçambique como um polo energético emergente na região. Este projeto irá melhorar a qualidade do abastecimento nas regiões centro e norte, onde se concentra a maior parte da população de Moçambique, contribuindo assim para o desenvolvimento do país. O projeto também facilitará a implementação de interligações regionais prioritárias, tais como Moçambique-Maláui e Moçambique-Zâmbia", disse César Mba Abogo, representante residente do Banco Africano de Desenvolvimento em Moçambique.
O projeto prevê a construção de uma linha de transporte de alta tensão em circuito simples de 118 quilómetros, 400 quilovolts (kV), do Songo a Matambo. A linha atravessará o local onde será construída a futura subestação de Cataxa para integrar a central hidroelétrica de Mphanda Nkuwa. Utilizará torres aéreas autoportantes em malha de aço com uma configuração de condutores horizontais e uma capacidade de transporte de energia de 2.300 megawatts (MW).
O projeto prevê a ampliação da subestação de Songo para estender o barramento de 220 kV, instalar um novo transformador de mudança de fase de 600 MVA 220/220 kV para regular os fluxos da rede e um transformador elevatório de 3x200 MVA 220/400 (300) kV. O projeto também irá renovar o atual transformador de 3x200 MVA 220/400 (300) kV.
Serão igualmente efetuados trabalhos de grande envergadura na subestação de Matambo, que será ampliada. Assim, será construído um novo alimentador de 400 kV para a nova extensão de 400 kV de Matambo, para integrar a linha de 400 kV do Songo.
A zona beneficiária do projeto é a província de Tete, que se situa no Corredor de Desenvolvimento do Vale do Zambeze, na zona fronteiriça com o Maláui, a Zâmbia e o Zimbabué. Esta província compreende 15 distritos: Angónia, Changara, Chiúta, Chifunde, Cahora Bassa, Dôa, Marara, Marávia, Macanga, Moatize, Mutarara, Mágoè, Tsangano, Zumbo e a cidade de Tete.
Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).