• "Estou orgulhoso da viagem que iniciámos juntos há dez anos; posso ver os seus frutos. Os quenianos podem sentir os seus benefícios”, disse o Presidente Ruto
• "Que grande honra! Que privilégio raro! Que reconhecimento histórico!", exclamou Adesina

O Presidente do Quénia, S.E. William Samoei Ruto, conferiu a mais alta honra do país, Chefe da Ordem do Coração de Ouro CGH, ao Presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, Dr. Akinwumi Adesina (www.AfDB.org). 

O Dr. Adesina é o 20º agraciado com esta honra, criada em 1967 e atribuída pela primeira vez ao pai fundador e antigo Presidente do Quénia, S. Exa. Jomo Kenyatta. Entre os outros laureados contam-se líderes de renome mundial, como o antigo Secretário-Geral das Nações Unidas Kofi Annan o sul-africano Nelson Mandela, a Rainha Isabel II do Reino Unido, o ugandês Yoweri Museveni e os subsequentes Presidentes do Quénia, Daniel arap Moi, Mwai Kibaki, Uhuru Kenyatta e o Dr. Ruto. 

Durante uma animada cerimónia de investidura na State House de Nairobi, o Presidente Ruto elogiou o serviço distinto, o empenho e a paixão do Dr. Adesina pelo desenvolvimento económico do Quénia e de África.

O Presidente Ruto felicitou Adesina e disse-lhe: “É fantástico. É um grande líder. Merece esta honra e esta investidura”. 

Os dois líderes partilham uma relação calorosa há 20 anos, quando Adesina viveu e trabalhou no Quénia para a Aliança para a Revolução Verde em África, AGRA. Nessa altura, Ruto era o Ministro da Agricultura do Quénia. Ambos recordaram como trabalharam em conjunto para conceder subsídios aos agricultores, apesar da oposição, na altura, de alguns doadores e instituições financeiras mundiais. 

O Presidente Ruto afirmou que, durante a sua presidência, continuou com a mesma política de concessão de subsídios aos agricultores, o que levou a um aumento da produção alimentar do país. 

“A nossa produção de milho aumentou de 40 milhões para 70 milhões de sacas no ano passado. As nossas vendas de chá geraram mais de 220 mil milhões de xelins [cerca de 1,7 mil milhões de dólares], as maiores receitas de sempre.” 

“Estou orgulhoso da viagem que iniciámos juntos há dez anos; consigo ver os seus frutos. Os quenianos podem sentir os seus benefícios”, disse o Presidente Ruto a Adesina, que estava acompanhado pela sua mulher, Grace Yemisi Adesina. 

Na sua citação, o governo do Quénia reconheceu Adesina como um economista distinto e um líder de desenvolvimento global. 

“Ele transformou o Banco Africano de Desenvolvimento numa instituição mundialmente reconhecida pela inovação financeira e pelo impacto no desenvolvimento e aumentou o capital geral do Banco de 93 mil milhões de dólares para 318 mil milhões de dólares”, lê-se na citação. 

No seu discurso de aceitação, Adesina afirmou: “Sinto-me muito honrado pela vossa incrível bondade! Que grande honra! Que privilégio raro! Que reconhecimento histórico!”.

Adesina falou sobre o lugar especial do Quénia na história do Banco, que foi criado em 1964. Desde então, o Banco financiou um total de 167 projetos, com um compromisso financeiro de 7,8 mil milhões de dólares. 

Afirmou que a atual carteira do Banco no Quénia consiste em 45 projectos no valor de 4,09 mil milhões de dólares. Estes incluem, entre outros: 

- O projeto de eletricidade de Conectividade da Última Milha, que ajudou a aumentar o número de quenianos ligados à rede eléctrica nacional, de 2,42 milhões de agregados familiares em 2014, para 9,7 milhões de agregados familiares em 2024.

- A expansão da autoestrada Thika-Nairobi, que reduziu drasticamente o tempo de viagem, de 2 a 3 horas para apenas 30 a 45 minutos entre os dois destinos.

- O Banco concedeu 634 milhões de dólares para o projeto de abastecimento de água e saneamento sustentável da cidade do Quénia. Este montante inclui 314,92 milhões de euros para a construção da barragem de água polivalente de Thwake, que deverá estar concluída em julho de 2026. Esta barragem fornecerá água a cerca de 1,3 milhões de pessoas nos condados de Kitui e Makueni, bem como na cidade tecnológica de Konza, no condado de Machakos.

- O apoio do Banco ao sector privado no Quénia inclui mais de 700 milhões de dólares em linhas de crédito para mais de oito bancos comerciais.

O Presidente Ruto afirmou que o apoio do Banco ao setor hipotecário do país impulsionou o programa nacional de habitação do governo, com 150 mil casas em construção, gerando emprego para 260 mil jovens. 

Falando sobre o elevado desemprego juvenil no Quénia, Adesina referiu os vários motins de jovens que abalaram o país no ano passado. 

Para além de disponibilizar 309 milhões de dólares para oito projetos em curso que visam o desenvolvimento de competências, Adesina afirmou que o Banco está a preparar, para aprovação do Conselho de Administração, apoio financeiro para a criação de um Banco de Investimento para o Empreendedorismo dos Jovens do Quénia. 

“Esta será uma instituição financeira autónoma, que se dedicará a 100% à prestação de assistência técnica e ao financiamento de dívida e de capital próprio a empresas jovens no Quénia”, afirmou.

Adesina estava acompanhado pelo Vice-Presidente para a Eletricidade, Energia, Clima e Crescimento Verde, Dr. Kevin Kariuki, pela Vice-Presidente para o Desenvolvimento Regional, Integração e Prestação de Serviços, Nnenna Nwabufo; pelo Diretor-Geral para a África Oriental, Kennedy Mbekeani; pelo Diretor Executivo para a África Oriental, Jonathan Nzayikorera; e pelo Conselheiro Sénior do Presidente para a Comunicação e Envolvimento das Partes Interessadas, Dr. Victor Oladokun, que proferiu a oração de abertura da cerimónia. 

“Esta é uma honra que vou guardar para toda a vida”, afirmou Adesina. “Será uma lembrança constante de que o país que tanto amo, o Quénia, também me ama, aprecia e celebra a minha liderança no Banco Africano de Desenvolvimento, e valoriza e honra as incríveis contribuições do Banco para o seu desenvolvimento. Aceito esta honra com grande humildade”.