O Conselho de Administração do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org) aprovou a 14 de julho de 2022, em Abidjan, um apoio financeiro de 66,39 milhões de dólares para a Guiné. O financiamento destina-se a ajudar o país a aumentar o acesso à eletricidade.

O financiamento consiste numa subvenção de 4,17 milhões de dólares e num empréstimo de 9,37 milhões de dólares do Fundo Africano de Desenvolvimento (https://bit.ly/3z4rEDQ) (a janela concessional do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento) e uma subvenção de 24,13 milhões de dólares e um empréstimo de 28,72 milhões de dólares do Mecanismo Africano de Transição (https://bit.ly/3z8NNRB). Outros cofinanciadores incluem a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), o Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID), o Fundo de Energia Sustentável para África (SEFA, acolhido pelo Banco), a USAID, através do Programa Energia para África, e o governo guineense.

Intitulado ‘Projeto de Melhoria do Acesso à Eletricidade da Guiné’, "irá melhorar as condições de vida da população e a produtividade das empresas beneficiárias através do acesso a serviços energéticos regulares, fiáveis e mais baratos", explica Léandre Bassolé, representante nacional do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento para a Guiné. "Para além da implantação de infraestruturas elétricas, o projeto apoiará iniciativas de reforma no subsetor da eletricidade e o reforço das capacidades dos seus intervenientes. Irá também promover a utilização produtiva da eletricidade, fornecendo aos grupos de mulheres equipamento para aumentar a sua produtividade. Finalmente, a iluminação pública aumentará a segurança e permitirá que as mulheres tenham mais tempo para realizar as suas atividades comerciais e as crianças em idade escolar para melhorar os seus resultados escolares", diz o Sr. Bassolé.

Serão construídos cerca de 797 quilómetros de linhas de média tensão ligando 40 localidades do país, bem como 47 quilómetros de linhas mistas, 984 quilómetros de linhas de baixa tensão, 21 subestações de alta e baixa tensão e 128 subestações H61 (transformadores com uma potência nominal entre 50 e 160 kVA). Serão também fornecidas 37.367 instalações de ligação doméstica.

O projeto abrangerá as principais cidades e arredores de Kankan, Kérouané e Siguiri, na região da Alta Guiné e Nzérékoré, Beyla e Lola, na zona florestal. Estas regiões estão entre as localidades onde o acesso à eletricidade é relativamente baixo em comparação com o resto do país. A população é de aproximadamente 1,2 milhões (52,1% dos quais são mulheres).

Os beneficiários diretos do projeto serão 100.000 assinantes (incluindo 72.112 novos assinantes) compostos por indivíduos, associações de mulheres, centros de saúde, escolas, e empresas.

Durante os últimos dez anos, o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento triplicou os seus investimentos líquidos na Guiné. A atual carteira do Banco inclui 21 operações, no valor de cerca de 625 milhões de dólares. A tónica é colocada nas infraestruturas de energia e transporte (65,7%), que se destinam a reforçar a integração regional. O resto dos investimentos são em mineração (15,9%), governação (6,7%), agricultura (4,2%), ambiente (3%), setor social (2,6%) e finanças (1,9%).

A estratégia nacional do Banco para a Guiné baseia-se em duas áreas prioritárias: melhorar o acesso à eletricidade e desenvolver as cadeias de valor agroindustriais.