Na quarta-feira, 26 de março de 2025, em Abidjan, o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org) reuniu-se com fornecedores e prestadores de serviços da Costa do Marfim para lhes fornecer informações sobre os procedimentos de adjudicação de contratos e incentivá-los a tirar partido das oportunidades de negócio oferecidas pela instituição financeira de desenvolvimento sediada na capital da Costa do Marfim. 

Como obter um contrato do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento? Como é que posso tornar-me parceiro do Banco? Para responder a estas questões fundamentais, o Departamento de Aquisições Institucionais do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento convidou fornecedores e prestadores de serviços da Costa do Marfim para um seminário de um dia em Abidjan.

“Nos últimos três anos, o número e a variedade de empresas da Costa do Marfim que assinaram contratos no âmbito das aquisições institucionais do Grupo Banco foram poucos e muito espaçados. De todos os contratos publicados pela instituição, as empresas da Costa do Marfim a quem foram adjudicados contratos representam apenas 11%. Este valor é baixo em relação ao seu potencial e à vantagem que têm pelo facto de a sede se situar na Costa do Marfim e de certos serviços só poderem ser prestados por prestadores de serviços locais”, declarou Marcelle Akposso, Chefe da Divisão de Contratos Públicos Institucionais do Grupo Banco, na abertura do seminário. 

Mais de 160 representantes de empresas da Costa do Marfim participaram no seminário, durante o qual os representantes do Grupo Banco lhes forneceram informações práticas para consolidar e reforçar as oportunidades de as empresas da Costa do Marfim ganharem os concursos lançados pela instituição.  

A Sra. Akposso, acompanhada por vários peritos, como Rasmane Ouédraogo, responsável sénior pelos sistemas de informação em matéria de aquisições; Frédéric Kouassi, responsável pelas aquisições; Francis Mensah, responsável sénior pelos seguros e Wottor Yao, perito principal em aquisições de consultoria, explicou em pormenor aos participantes as necessidades, as exigências, os procedimentos, as regras e as práticas do Grupo Banco em matéria de aquisições institucionais e de gestão e execução dos seus contratos. Os responsáveis do departamento salientaram a importância de conhecer os procedimentos e os critérios de qualificação para participar e ganhar contratos do Banco. Neste sentido, as empresas devem aperfeiçoar as suas estratégias aquando da elaboração das suas propostas, a fim de apresentarem propostas de qualidade. Salientaram que o Banco publica todos os anos o seu plano anual de aquisições de bens, serviços e obras (https://apo-opa.co/42dYwr5) no seu site, para que os fornecedores possam conhecer antecipadamente as suas previsões de aquisições e os respetivos períodos de adjudicação. 

Os peritos sublinharam que os contratos do Grupo Banco estão abertos a todas as empresas dos 81 países membros do Grupo Banco e manifestaram o desejo de que as empresas da Costa do Marfim tenham uma visão mais alargada e aproveitem os contratos que ultrapassam as oportunidades nacionais. Salientaram que todos os concursos são feitos online e manifestaram a esperança de que mais empresas da Costa do Marfim se registem na base de dados de fornecedores do Grupo Banco.  

Durante as discussões, as empresas da Costa do Marfim referiram que as condições de adjudicação dos contratos eram “restritivas”. Os peritos do Banco forneceram-lhes explicações e respostas adequadas, permitindo-lhes compreender melhor as regras e os procedimentos de adjudicação de contratos da instituição.

“Não tentem fazer tudo ao mesmo tempo”, aconselhou a Sra. Akposso. “Devem sempre escolher a vossa área de especialização, onde são melhores, e registar-se na base de dados do Grupo Banco. Assim, terão mais hipóteses de serem selecionados; toda a informação está disponível no site do Grupo Banco, é preciso ir lá e informarem-se”, acrescentou. “Todos os prestadores de serviços dos países membros do Banco são elegíveis para os concursos publicados pelo Grupo Banco. Não se imponham limites, sejam ousados e saiam à rua para ganhar contratos oferecidos pelo Banco noutros países, para além do mercado nacional”, defendeu. 

Cyrille Eddie, chefe de departamento da Companhia Africana de Prevenção e Vigilância da Segurança Industrial (Sapressi), especializada no controlo industrial, na formação e na consultoria, mostrou-se muito satisfeito com o encontro: “Aprendemos muito sobre a apresentação de propostas, nomeadamente sobre a forma de nos registarmos na base de dados do Banco para recebermos os concursos. Isto é algo que não sabíamos. Antes, tínhamos medo, porque nos perguntávamos se seria possível concorrer a esse nível. Mas agora sabemos que podemos. Temos de começar a trabalhar para sermos parceiros do Banco”. 

Sandrine Béa, gerente da Casa Originel, especializada em restauração, também viu as suas dúvidas dissipadas. “Quando ouvi falar do Banco Africano de Desenvolvimento e das suas ofertas, disse a mim própria que as coisas eram muito complicadas e sempre me perguntei se seria possível obter alguma coisa”, explicou, e agora está confiante nas suas hipóteses de também ganhar contratos do Banco. “Pediram-nos para sermos ousados, e isso é algo que falta às empresas da Costa do Marfim. A partir de agora, vamos tentar”. 

Os participantes manifestaram o desejo de que o Banco organizasse regularmente este tipo de seminário de informação. Solicitaram igualmente a realização de sessões de reforço das capacidades de preparação de respostas a concursos públicos, em conformidade com os procedimentos e formulários normalizados do Banco.

Os funcionários do Banco tomaram devida nota do pedido, assegurando aos participantes que seriam tomadas medidas concretas a este respeito.