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    • O Diretor do AfDB Anthony Nyong com outros oradores na abertura do CCDA 12, em Abidjan
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Fonte: African Development Bank Group (AfDB) |

Instituições africanas reúnem-se em Abidjan para definir a agenda climática da COP29

Espera-se que a Décima Segunda Conferência sobre Alterações Climáticas e Desenvolvimento em África crie um consenso em torno da posição dos países africanos sobre a ação climática

Sem esforços urgentes de adaptação e mitigação, as alterações climáticas levarão a uma perda anual equivalente a 5% do PIB no continente até 2040

ABIDJAN, Costa do Marfim, 3 de setembro 2024/APO Group/ --

O Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org), a Comissão da União Africana (CUA), a Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA) e a Aliança Pan-Africana para a Justiça Climática (PACJA) reuniram as principais partes interessadas em Abidjan para alinhar as prioridades de ação climática de África nas vésperas da conferência COP29.

A reunião, a Décima Segunda Conferência sobre Alterações Climáticas e Desenvolvimento em África, teve início a 30 de agosto, à margem da Décima Sessão Especial da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente (AMCEN).

O Ministro do Ambiente, do Desenvolvimento Sustentável e da Transição Ecológica da Costa do Marfim deu as boas-vindas aos participantes. No seu discurso de abertura, sublinhou o impacto desproporcionado das alterações climáticas em África, apesar da sua contribuição mínima para as emissões globais.

“África emite menos de 4% do total das emissões globais de gases com efeito de estufa, mas é o mais afetada pelas consequências nefastas das alterações climáticas”, observou o ministro, exprtando os participantes a desenvolverem resultados concretos durante a conferência, que deve servir como uma plataforma para recomendações acionáveis para reforçar a participação de África nas próximas negociações internacionais, incluindo a COP29.

A Embaixadora Josefa Sacko, Comissária da UA para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, fez o discurso de abertura. “Sem esforços urgentes de adaptação e mitigação, as alterações climáticas levarão a uma perda anual equivalente a 5% do PIB no continente até 2040, com os pobres, as mulheres e as populações mais vulneráveis e marginalizadas, predominantemente em África, a suportar o peso dos impactos”, afirmou.

A Comissária instou os participantes a unirem forças em vésperas da COP29, com ênfase na mobilização de financiamento climático em grande escala para o continente. “Temos de ancorar as nossas negociações, deliberações e posição comum na garantia de subvenções em vez de dívida ou empréstimos, no aumento do financiamento de projetos e no reforço dos mercados de carbono”, defendeu Sacko.

Anthony Nyong, Diretor do Banco Africano de Desenvolvimento para as Alterações Climáticas e o Crescimento Verde, apelou aos participantes na reunião para fazerem mais. “Temos de aumentar continuamente o nosso apoio e financiamento a África para fazer face aos impactos crescentes das alterações climáticas nas economias, sociedades e ecossistemas nacionais”, afirmou.

Nyong disse que África enfrenta um défice significativo de financiamento climático, salientando que “o atual financiamento global para o clima está muito aquém das necessidades e expectativas dos países africanos, com menos de 3% a chegar anualmente à África Subsariana”. Depois, reafirmou o compromisso do Banco Africano de Desenvolvimento de duplicar o financiamento climático para atingir 25 mil milhões de dólares até ao próximo ano e aumentar a quota de África no financiamento climático global, de 3% para 10%.

Espera-se que a Décima Segunda Conferência sobre Alterações Climáticas e Desenvolvimento em África crie um consenso em torno da posição dos países africanos sobre a ação climática e alinhe as prioridades com os resultados do balanço global de 2023, um processo fundamental no âmbito do Acordo de Paris, que avalia o progresso global nos objetivos climáticos para orientar futuras ações e políticas. Os principais objetivos incluem o desenvolvimento de quadros sólidos para as contribuições nacionalmente determinadas (NDC) e a identificação das necessidades de financiamento para a adaptação às alterações climáticas e o reforço da resiliência.

Décima Sessão Especial da AMCEN e Consulta Regional da COP 16 da UNCCD (http://apo-opa.co/3XdLk37) tem lugar em Abidjan, na Costa do Marfim, de 30 de agosto a 6 de setembro de 2024, sob o tema Aumentar a Ambição de África para Reduzir a Degradação dos Solos, a Desertificação e a Seca”.

Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).

Contacto para os media:
Sonia Borrini
Departamento de Alterações Climáticas e Crescimento Verde
Banco Africano de Desenvolvimento
s.borrini@afdb.org

Sobre o Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento:
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição financeira de desenvolvimento em África. Inclui três entidades distintas: o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), o Fundo Africano de Desenvolvimento (ADF) e o Fundo Fiduciário da Nigéria (NTF). Presente no terreno em 41 países africanos, com uma representação externa no Japão, o Banco contribui para o desenvolvimento económico e o progresso social dos seus 54 Estados-membros. Mais informações em www.AfDB.org/pt