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    • O evento de conhecimento organizado pela Costa do Marfim, país anfitrião dos Encontros Anuais de 2025 do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, permitiu um intercâmbio de ideias sobre a importância do capital da África para o seu desenvolvimento
    • Koffi N'Guessan, ministro da Formação Profissional e Aprendizagem da Costa do Marfim, insistiu na necessidade de formar a juventude africana para responder às necessidades do setor privado
    • Hervé Lohouès, chefe da Divisão de Economias Nacionais do Banco Africano de Desenvolvimento, insistiu na importância de ter em conta as riquezas naturais no cálculo do PIB dos países africanos
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Fonte: African Development Bank Group (AfDB) |

Especialistas dizem que África tem vasto capital humano e natural para cumprir a Agenda 2063 da União Africana

A Agenda 2063, adotada em janeiro de 2015 pela União Africana, constitui o quadro estratégico para a transformação económica e social do continente

É essencial ir além da valorização natural e garantir que todos os países africanos adotem um plano de desenvolvimento obrigatório

ABIDJAN, Costa do Marfim, 28 de may 2025/APO Group/ --

África, o continente mais jovem do mundo, que dispõe de vastos recursos naturais, tem todos os trunfos para alcançar os objetivos da Agenda 2063 da União Africana, se forem implementadas políticas públicas adequadas, segundo responsáveis governamentais e especialistas africanos em desenvolvimento.

Os especialistas partilharam esta convicção na segunda-feira, em Abidjan, na abertura da 60.ª Assembleia Anual do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, que decorre na Costa do Marfim sob o tema ‘Usar o capital natural de África para potenciar o seu desenvolvimento’.

Durante um evento de conhecimento intitulado ‘O segundo plano decenal de implementação da Agenda 2063: uma oportunidade para valorizar e financiar o capital de África’, Koffi N'Guessan, ministro da Formação Profissional e Aprendizagem da Costa do Marfim, lembrou que a Agenda 2063, adotada em janeiro de 2015 pela União Africana, constitui o quadro estratégico para a transformação económica e social do continente. Apesar de um contexto internacional incerto, os últimos dez anos foram marcados por progressos notáveis em África, nomeadamente em matéria de integração económica e política, igualdade de género e acesso ao emprego.

Koffi, que falava em nome de Nialé Kaba, Ministra da Economia, Planeamento e Desenvolvimento da Costa do Marfim, salientou, no entanto, que as ações passadas nem sempre foram suficientes para enfrentar os desafios da transformação estrutural, criar empregos para os jovens e reduzir a pobreza. 

“O segundo plano de implementação da Agenda 2063, adotado em fevereiro de 2024 pela União Africana, representa uma oportunidade crucial para enfrentar esses desafios e acelerar os resultados do desenvolvimento”, sublinhou. 

Segundo Koffi, África será a próxima potência mundial, juntamente com a China e a Índia, devido ao seu potencial demográfico. No entanto, indicou que os Estados africanos devem dar ênfase à formação profissional e técnica, a fim de tirar melhor partido do seu dividendo demográfico. Cerca de 22,5% dos jovens entre 15 e 24 anos estão desempregados, sem educação ou formação. Além disso, 250 milhões de crianças e jovens não frequentam a escola nos países de baixo rendimento, o que sublinha a inadequação dos sistemas educativos às necessidades do mercado de trabalho. “A juventude pode tornar-se uma desvantagem se não forem implementadas políticas sólidas de formação, desde o ensino pré-escolar até à universidade”, alertou. 

Levar em conta o capital natural no cálculo do PIB

Durante um painel que reuniu vários especialistas africanos, Hervé Lohouès, chefe de divisão do Departamento de Economias Nacionais do Banco Africano de Desenvolvimento, insistiu na necessidade de levar em conta as riquezas naturais no cálculo do PIB dos países do continente. 

“O PIB de um país como a República Centro-Africana aumentaria 300% se as suas riquezas naturais fossem tidas em conta no cálculo do seu PIB”, afirmou. 

“É essencial ir além da valorização natural e garantir que todos os países africanos adotem um plano de desenvolvimento obrigatório. É também necessário garantir que os governos ofereçam incentivos à transformação, tendo em conta a responsabilização que pode ajudar diretamente na transição das infraestruturas naturais para as infraestruturas sociais”, acrescentou.

Jide Okeke, coordenador do Programa Regional para África do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e Dagmawit Moges Bekele, ex-ministra dos Transportes da Eritreia e diretora do Fundo para a Paz da Comissão da União Africana, insistiram ambos na necessidade de valorizar os recursos humanos, financeiros, naturais e digitais para construir um desenvolvimento inclusivo e sustentável, a fim de alcançar os objetivos previstos na segunda década da Agenda 2063.

Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).

Contacto para os media:
Departamento de Comunicação e Relações Externas
media@afdb.org

Sobre o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento:
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição financeira de desenvolvimento em África. Inclui três entidades distintas: o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), o Fundo Africano de Desenvolvimento (ADF) e o Fundo Fiduciário da Nigéria (NTF). Presente no terreno em 41 países africanos, com uma representação externa no Japão, o Banco contribui para o desenvolvimento económico e o progresso social dos seus 54 Estados-membros. Mais informações em www.AfDB.org