Representantes do Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org), da sociedade civil e do governo das Seychelles discutiram a estratégia nacional do Banco para 2021-2025 para as Seychelles e as oportunidades de colaboração.

O Gabinete Regional do Banco Africano de Desenvolvimento para a África Oriental realizou o seu primeiro dia aberto com organizações da sociedade civil nas Seicheles a 27 de abril de 2023. Um total de 25 representantes da sociedade civil, incluindo a Plataforma de Envolvimento dos Cidadãos das Seicheles (CEPS), aceitou o convite do Banco para discutir a sua estratégia nacional e a carteira de projetos nas Seicheles.

A Diretora-Geral do Gabinete Regional do Banco para a África Oriental, Nnenna Nwabufo, reiterou o compromisso do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento em trabalhar em estreita colaboração com as organizações da sociedade civil para alcançar as cinco prioridades operacionais (High 5) do Banco para o crescimento e desenvolvimento inclusivos e sustentáveis. O dia aberto pretendia ser uma plataforma para a partilha de informações, disse ela, tanto sobre a carteira do Banco, como em termos de partilha de conhecimentos, e ofereceu à sociedade civil a oportunidade de expressar os seus pontos de vista e reflexões, a fim de otimizar a ação do Banco nas Seychelles.

A Secretária Principal do Governo das Seicheles para o Planeamento Nacional, Elizabeth Charles Agathine, sublinhou que a colaboração eficaz entre o Governo, a sociedade civil e os parceiros de desenvolvimento é crucial para alcançar objetivos comuns. Reiterou o empenho do governo em trabalhar com as organizações da sociedade civil e com todas as partes interessadas para encontrar em conjunto soluções para os desafios de desenvolvimento das Seicheles. "Acreditamos que, trabalhando em conjunto, podemos criar uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável", afirmou Agathine em nome do Governo das Seicheles.

A Diretora de Programas Especiais do Gabinete do Presidente das Seicheles, Maria Mulindi, agradeceu ao Grupo Banco pela iniciativa do dia aberto às organizações da sociedade civil. Sublinhando o papel central da sociedade civil no processo de desenvolvimento do arquipélago, apelou a uma reflexão séria sobre o papel que a sociedade civil poderia desempenhar nos programas de desenvolvimento que o Banco financia nas Seicheles e na região. Tal permitiria assegurar um verdadeiro progresso social e aumentar o impacto das ações do Banco na vida quotidiana da população das Seicheles.

Tilahun Temesgen, Economista-Chefe do Banco na África Oriental, apresentou aos membros da sociedade civil os resultados alcançados desde 2021 através da implementação da estratégia do Banco para as Seicheles, bem como os principais desafios e questões transversais que foram abordados. Chikanne Ezeigbo, Responsável pelo Envolvimento da Sociedade Civil no Escritório Regional do Banco na África Oriental, detalhou como o Banco trabalha com as organizações da sociedade civil.

Alvin Laurence, Diretor Executivo da Plataforma de Envolvimento dos Cidadãos das Seicheles, da associação das organizações da sociedade civil nas Seicheles, apresentou o contexto do envolvimento da sociedade civil nas Seychelles, os desafios e as oportunidades de colaboração com o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento. Explicou o mandato da plataforma e as prioridades das organizações da sociedade civil das Seicheles.

Foram identificadas oportunidades de colaboração para o desenvolvimento sustentável e inclusivo das Seicheles, nomeadamente em torno do envolvimento das organizações da sociedade civil na transição energética e das questões relacionadas com os jovens locais. Uma das principais recomendações da sessão aberta foi a concentração num processo de desenvolvimento mais participativo.

A sociedade civil das Seicheles manifestou o desejo de que fosse criada uma plataforma de diálogo multilateral entre o governo, o setor privado e a sociedade civil, centrada na transição energética e nas soluções de energias renováveis nas ações de desenvolvimento. Outro pedido foi o reforço das capacidades das organizações da sociedade civil no que respeita aos procedimentos de adjudicação de contratos do Banco, como o acesso a fundos da Iniciativa de Acesso das Mulheres Africanas ao Financiamento (AFAWA) e do Fundo Africano para as Alterações Climáticas. Apelaram também a um plano de transição dos combustíveis fósseis para as energias limpas e a uma revisão dos currículos escolares para melhor responder às necessidades do mercado de trabalho, especialmente nos setores da indústria, do turismo e das energias renováveis.