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- A restauração dos habitats aquáticos é uma das principais recomendações da «Análise da Pesca Interior Africana» do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento para garantir alimentos e meios de subsistência a milhões de africanos
- Distribuição dos RMCs por região, por nível de produção total (1) (EN)
- Distribuição dos RMCs por região, por nível de produção total (2) (FR)
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Nova análise do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) destaca a pesca interior como salvação para milhões de africanos
A proteção de habitats críticos, particularmente em áreas degradadas, como os pântanos do Lago Vitória e o rio Falémé, altamente poluído, no Senegal, é identificada como uma prioridade
Perceber este potencial é crucial para satisfazer as necessidades alimentares e nutricionais da crescente população africana
O Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB) (www.AfDB.org) divulgou uma ‘Análise da Pesca Interior Africana’, apelando a investimentos urgentes na restauração de habitats aquáticos e na integração da pesca numa gestão mais ampla dos recursos hídricos, a fim de salvaguardar os meios de subsistência de milhões de africanos.
O relatório destaca o papel fundamental do setor para além da nutrição, salientando a sua contribuição para a resiliência, diversificação de rendimentos e coesão social. Estima-se que África tenha cerca de cinco milhões de pescadores a tempo inteiro ou parcial, com mais de 10 milhões de pessoas – metade das quais mulheres – dependentes da pesca interior, quando se inclui a pesca de subsistência.
“Perceber este potencial é crucial para satisfazer as necessidades alimentares e nutricionais da crescente população africana”, alerta a análise. “No entanto, isto não pode ser alcançado sem uma abordagem harmonizada e integrada de outras atividades necessárias para o desenvolvimento, desde a produção de energia até à agricultura e às atividades industriais”, acrescenta-se no relatório.
Embora a pesca interior tenha demonstrado uma resiliência natural às alterações climáticas, a sua sustentabilidade depende da saúde dos ecossistemas aquáticos e de uma boa gestão da água. O relatório insta ao investimento na restauração de habitats em paisagens modificadas, como reservatórios, adotando soluções baseadas na natureza, como a reconexão de planícies aluviais, a redução da poluição e a reabilitação de zonas ribeirinhas. Tais medidas não só aumentariam a produção piscícola, como também melhorariam a qualidade da água e proporcionariam proteção contra inundações.
A proteção de habitats críticos, particularmente em áreas degradadas, como os pântanos do Lago Vitória e o rio Falémé, altamente poluído, no Senegal, é identificada como uma prioridade. O relatório também aponta oportunidades para combinar o desenvolvimento energético e pesqueiro através da restauração de inundações artificiais a jusante de barragens hidroelétricas, o que foi tentado no rio Tana, no Quénia, ou no rio Senegal.
A publicação baseia-se num apelo conjunto feito em Dakar, em setembro de 2024, pelo Grupo Banco Africano de Desenvolvimento e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) (http://apo-opa.co/42LYwPZ), que instou a um maior reconhecimento das contribuições económicas e sociais da pesca interior.
Leia a Revisão da Pesca Interior Africana aqui: http://apo-opa.co/4npAEKB.
Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).
Contacto para os media:
Alexis Adélé,
Departamento de Comunicação e Relações Externas,
media@afdb.org
Sobre o Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento:
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição financeira de desenvolvimento em África. Inclui três entidades distintas: o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), o Fundo Africano de Desenvolvimento (ADF) e o Fundo Fiduciário da Nigéria (NTF). Presente no terreno em 41 países africanos, com uma representação externa no Japão, o Banco contribui para o desenvolvimento económico e o progresso social dos seus 54 Estados-membros. Mais informações em www.AfDB.org/pt