A Irlanda e a Áustria aderiram ao Fundo Africano para as Alterações Climáticas (ACCF), do Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org), com contribuições de 2 e 1 milhões de euros, respetivamente, para apoiar o trabalho do Fundo.

O ACCF é um fundo fiduciário de múltiplos doadores que apoia o objetivo do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento de triplicar o seu financiamento climático e fazer avançar a resiliência climática da África.

Harald Waiglein, Diretor-Geral do Ministério Federal das Finanças da Áustria, expressou o empenho do seu país em combater as alterações climáticas com um forte enfoque na adaptação.

Numa carta ao Banco, Waiglein afirmou: “O Ministério Federal das Finanças da Áustria decidiu contribuir para o ACCF para apoiar as atividades do Centro NDC de África, incluindo o desenvolvimento e atualização de Contribuições Determinadas a Nível Nacional (NDC) e Estratégias Climáticas a Longo Prazo dos países africanos".

"Consideramos estas estratégias essenciais para combater as alterações climáticas e para um maior desenvolvimento sustentável", acrescentou.

Sean Fleming, Ministro do Desenvolvimento Internacional e da Diáspora da Irlanda, afirmou: "A Irlanda está empenhada em apoiar as comunidades em toda a África para lidar com os impactos das alterações climáticas".

Fleming afirmou que o enfoque na adaptação e no apoio aos países africanos continua a estar no centro do envolvimento da Irlanda na ação climática, e acrescentou que a Irlanda planeia mais do que duplicar o seu financiamento climático aos países em desenvolvimento até 2025.

"Esta contribuição para o ACCF tem um forte enfoque na adaptação climática e é outra indicação de como a Irlanda apoia o impulso para uma África resistente ao clima", disse Fleming.

O Professor Anthony Nyong, Diretor de Alterações Climáticas e Crescimento Verde do Banco Africano de Desenvolvimento, deu as boas-vindas à Irlanda e à Áustria como doadores da ACCF.

"Estes novos fundos permitirão ao ACCF apoiar a preparação e o reforço dos NDC e estratégias de longo prazo nos países africanos e apoiar projetos já identificados através do terceiro prazo para apresentação de propostas da ACCF", disse Nyong.

Os dois países aderiram ao Fundo em finais de 2022, elevando para sete os seus atuais doadores. Os outros doadores são o Governo de Itália; o Governo da Flandres (Bélgica); o Governo do Quebec (Canadá); Global Affairs Canada; e o Centro Global para a Adaptação. 

O Banco Africano de Desenvolvimento criou o Fundo Africano para as Alterações Climáticas em abril de 2014 com um financiamento inicial de 4,725 milhões de euros da Alemanha. A sua missão é apoiar os países africanos na construção da resiliência aos impactos negativos das alterações climáticas e na transição para um crescimento sustentável, com baixo teor de carbono.

O ACCF foi convertido num fundo fiduciário de multidoadores em 2017 com contribuições dos governos da Flandres, Bélgica, e Itália. O valor atual do fundo fiduciário é de 28,8 milhões de dólares.

Desde a sua criação, o Fundo aprovou 27 subsídios no valor de 16,89 milhões de dólares e completou sete projetos que ajudaram a reforçar a capacidade de acesso ao financiamento internacional da luta contra as alterações climáticas em mais de 26 países africanos. Os projetos ACCF também permitiram aos países mobilizar o financiamento climático e implementar estratégias de adaptação em pequena escala para aumentar a resiliência climática.

O ACCF apoia projetos através de convites à apresentação de propostas competitivas e de uma janela orientada para a procura. Estes novos fundos serão canalizados através destas janelas.