Banco obtém fortes receitas - 2,32 mil milhões de dólares; Em 2023, as aprovações para o financiamento climático registaram um aumento substancial em relação ao ano anterior, atingindo 5,8 mil milhões de dólares, representando 55% do total de aprovações.

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O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento publicou o seu Relatório Anual para 2023, que apresenta um quadro de melhoria do desempenho financeiro e um apoio sólido aos seus países membros em toda a África.

O apoio financeiro crítico resultou numa maior resiliência e recuperação, apesar dos efeitos desafiantes dos conflitos regionais, dos choques económicos, das alterações climáticas e das sequelas da pandemia da Covid-19.

Face a uma inflação teimosamente elevada, à dívida pública e às vulnerabilidades financeiras associadas, os países africanos equilibraram os esforços para estimular o crescimento e as medidas para conter o impacto do aumento do custo de vida nos seus cidadãos, como reconhece o Presidente do Grupo Banco, Dr. Akinwumi Adesina.

“As nossas nações, as nossas economias e os nossos povos continuam a dar provas de uma firmeza notável”, afirmou, no prefácio do relatório. “Apesar do abrandamento económico global, 15 países registaram uma expansão do produto superior a 5% e África manteve a sua posição como a economia de crescimento mais rápido depois da Ásia, com um crescimento real do PIB próximo da média global de 3,2%”.

O Relatório Anual mostra que as aprovações do Grupo Banco no ano passado (10,77 mil milhões de dólares) foram 30% superiores às de 2022 (8,2 mil milhões de dólares) e próximas das aprovações mais elevadas da história do Grupo Banco.

As aprovações para operações soberanas – projetos financiados com a garantia de uma entidade soberana, como um governo nacional ou subnacional – em 2023 aumentaram acentuadamente, em 43%, atingindo 9,07 mil milhões de dólares, uma vez que o Banco concedeu um amplo financiamento sustentável para impulsionar vários países africanos na sua recuperação da pandemia de Covid-19.

As cinco grandes prioridades do Banco, conhecidas como High5 (Iluminar e eletrificar África, Alimentar África, Industrializar África, Integrar África e Melhorar a qualidade de vida das pessoas em África) (https://apo-opa.co/4ea9qDi), registaram todas um aumento das aprovações em 2023, exceto ‘Alimentar África’, que registou uma diminuição. A diminuição das aprovações do programa Alimentar Africa em relação ao nível excecionalmente elevado registado em 2022 resulta do Mecanismo Africano de Produção Alimentar de Emergência (https://apo-opa.co/4eak0Ks) criado em 2022 para compensar a interrupção do abastecimento alimentar em todo o continente devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

O Grupo Banco também demonstrou a sua capacidade de cumprir as suas obrigações, dando prioridade à governação, às reformas, ao cumprimento e à responsabilização. Em 2023, atingiu 95 % de conclusão da implementação do seu Plano Integrado de Garantia da Qualidade, destinado a melhorar a qualidade das suas operações para aumentar o seu impacto no desenvolvimento.

O relatório regista os resultados impressionantes dos projetos executados em todos os ‘High 5’ que foram concluídos no ano passado: 2,4 milhões de pessoas com acesso a novas ligações de eletricidade; 11 milhões de agricultores utilizaram técnicas melhoradas, incluindo micro-irrigação, fertilizantes e sementes resistentes ao clima; mais de 440 mil empresas tiveram acesso a financiamento, e quase 233 mil delas são detidas por mulheres, 3,5 milhões de pessoas tiveram acesso a melhores serviços de transporte; e 9 milhões de pessoas tiveram acesso novo ou melhorado à água e ao saneamento.

Banco regista forte crescimento e mantém marcadores de género

Em 2023, um recorde de 100% das operações soberanas foram categorizadas utilizando o Sistema de Marcadores de Género, das quais 58% contribuíram diretamente para o acesso das mulheres a serviços e competências sociais. O Sistema de Marcadores de Género procura diferenciar as operações para se concentrar naquelas que têm um maior impacto na redução das desigualdades de género.

Também em 2023, as aprovações para o financiamento climático registaram um aumento substancial em relação a 2022, atingindo 5,8 mil milhões de dólares, o que representa 55% do total de aprovações.

O desempenho financeiro global do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento melhorou em 2023, com um aumento significativo das receitas em todas as suas três entidades. As receitas do Banco Africano de Desenvolvimento subiram para 2,32 mil milhões de dólares, contra 1,03 mil milhões de dólares em dezembro de 2022. O aumento foi resultado da intensificação das atividades de empréstimo e retornos favoráveis sobre tesouraria e outros investimentos. Embora este facto tenha sido largamente compensado por despesas de captação mais elevadas, o Banco obteve um resultado líquido muito forte de 544,79 milhões de dólares, quase o dobro dos 318,44 milhões de dólares em 2022.

O Fundo Africano de Desenvolvimento, o braço de empréstimos concessionais do Grupo, registou o maior aumento das receitas, totalizando 446,54 milhões de dólares em dezembro de 2023, face a 201,94 milhões de dólares em dezembro de 2022, marcando o seu maior excedente (154,65 milhões de dólares) nos últimos 20 anos. Do mesmo modo, o Fundo Fiduciário da Nigéria demonstrou um melhor desempenho financeiro, com as receitas a atingirem 8,33 milhões de dólares, um aumento notável em relação aos 3,38 milhões de dólares registados em dezembro de 2022.

Outra medida do seu bom desempenho foi a reafirmação das notações da dívida sénior do Banco (AAA/Aaa), com uma perspetiva estável, pelas quatro principais agências de rating internacionais. As elevadas notações financeiras refletem a sólida adequação dos fundos próprios do Banco, a sólida gestão do risco, a gestão financeira prudente, a cobertura de liquidez muito elevada, o excelente historial de financiamento, o estatuto de credor preferencial e o forte apoio dos acionistas, refere o relatório.

Para saber mais sobre o relatório anual de 2023, clique aqui.